No mundo laboral em que vivo esta foi a semana das coisas esquisitas, até pensei que a empresa estava situada na zona do Entroncamento (exacto, ao pé da pista de aterragem dos OVNIs).

 

- mails sombrios (aparentemente roubados da série "The Office", "quem é que não puxou o autoclismo?")

- os sermões que não cheguei a ouvir (era chamado ao gabinete do chefe mas depois aparecia sempre outro assunto e ficávamos por ali)

- Grandes máfias da concorrência e a contra-resposta pelas via da justiça.

- Aldrabices por parte de parceiros comerciais

 

 

Parece animado, certo? Mas não foi...

 

... foi apenas "A Semana das coisas esquisitas"

O tempo deixou de passar. Desde que entrei no trabalho já passaram séculos e ainda não é hora de sair.

Estou com demasiado ranho no nariz para me preocupar com o destino da humanidade. Uma conclusão simples depois de uma "noite mal-dormida" e uma viagem de metro (com cara de mau) logo pela manhã.

 

Devido às condições de saúde ando a pensar em adiar a gravação do episódio 4 da rádio lampreia (motivo de depressão dos nossos milhares de ouvintes). Felizmente que hoje é sexta-feira e vou poder descansar (ou não, porque há sempre momentos de vadiagem).

 

Ao fim do dia, com tudo a correr bem, vou ter direito a um jantar romântico com a minha amada Raposa. Uma pena não poder ter o nariz desentupido para saborear a refeição com tão bela companhia.

"Hope is a waking dream." - Aristóteles

 

Estou aborrecido com as pessoas que estão de férias nesta altura do ano, aliás estou aborrecido com todas as pessoas que têm férias e eu estou a trabalhar. Se eu mandasse nisto, as férias acabavam para todos (menos para mim, para a Raposa e para quem pagasse bem). É a Vida!

 

 

Obviamente que o leitor esclarecido já reparou que estou a escrever mais um post no local de trabalho, ao que digo: É a Vida!

 

2007 tem os dias contados e eu preparo-me para sair de Lisboa (bem acompanhado). Vou regressar ao meu grande projecto para 2008: conseguir dormir 8 horas por dia. Fora isso são os planos maníacos normais: conquistar o mundo, criar um exército poderoso, chegar a nível 80 no WOW, and so on...

 

É nestes dias de trabalho (onde pouco há para fazer) que penso na condição da minha existência, no estado do planeta e na parvoíce de as minhas férias não terem sido aprovadas. É a Vida!

 

Para 2008 vocês vão ver... Quando eu mandar...

 

O meu blogue não tem resistido ao meu dia-a-dia! Hoje sentei-me para organizar umas palavras, partilhar umas ideias convosco ou então simplesmente passar por aqui e dizer olá.

Tem sido complicado ser criativo, não estou sintonizado correctamente para tal. Passo nove horas no meu trabalho, mais duas horas em viagens de metropolitano, umas 7 a dormir... Bem e é fazer as contas. Suponho que com vocês seja algo parecido.

A minha luta é para não me deixar brutalizar por esta vivência urbana e gosto de pensar que será possível estruturar o dia de outra forma mais saudável

Entro de mochila e barba por fazer. Assim que chego à minha mesa de trabalho e ligo o computador. Olho para a janela (enquanto o sistema está a iniciar), vejo pessoas e carros a passar (o logo do windows xp já está no ecrã), penso em histórias de samurais (introduzo a password), volto a olhar lá para fora, respiro fundo.


É sexta-feira e a empresa parece abandonada (consulto o calendário para confirmar se é feriado ou algo do género). Pego numa caneta e começo a rever os textos para a página de internet, corto, risco, faço diagramas e no fim fica uma grande confusão. Quantos séculos passaram desde que cheguei? Parece que foram só 10 minutos.

(ouço no corredor o barulho de alguém a tirar fotocópias ou então alguém colocou um cd com o som de uma fotocopiadora a funcionar apenas para criar ambiente)

Os telefones enlouquecem, chovem as questões existenciais mais idiotas, respondo como se fosse o "consultório da revista Maria".  Bolas, ainda faltam 6 horas para ir para casa descansar!!!!

Começou a contagem decrescente para o fim-de-semana e o tempo parece ter ficado paralisado.


(É melhor ir buscar o fax, show must go on...)

Jorge

Hoje consegui escrever um post do trabalho :) (é este mesmo, genial).

Obviamente corro o risco de ser apanhado pela "laboral", mas são estes riscos que nos tornam homenzinhos. A grande causa dos piaçabas está acima destas questões mesquinhas.

 

Sabem porque é que não me deixam escrever posts no trabalho? Uma conspiração para quando chego a casa não ter tempo de jogar Warcraft e para no trabalho ter de trabalhar (estranho!!!!).

 

Bolas, devia ter ido para a Siemens! :)

 

A vida de adulto é uma experiência secantes, os dias passam depressa, envelhecemos rapidamente, andamos cheios de trabalho e tudo para morrermos um dia destes.

 

CONCLUSÃO: tenho de fugir da prisão!

Agosto, o local de trabalho parece congelado. Quatro pessoas de férias, os telefones pararam de tocar e as cegadas por resolver tornaram-se inexistentes.

De tanto em tanto tempo, o silêncio é furiosamente rasgado pela campainha. Publicidade para o correio e nada mais. Conversamos entre nós e ocasionalmente dou por mim a pensar nisto:



Isto ficou entranhado nos meus pensamentos, assombra-me no local de trabalho, afecta a minha vida amorosa e faz-me ir mais vezes à casa de banho.

Em miúdos disseram-nos que precisávamos de estudar para ter um bom emprego, nunca nos falaram que jogar futebol dava mais. Disseram-nos que as mulheres gostam de homens inteligentes e sensíveis, nunca nos disseram que isto era conversa de chacha. Preocuparam-se em dizer para não abrirmos a porta a estranhos, mas nunca nos avisaram sobre os danos de consumir comédias.

18h30, perto da hora de saída, o trabalhador tenta escapar às regras opressivas de acesso à internet e consegue aceder à edição do seu blogue. De vez em quando, muda bruscamente de separador activo no browser para a sua acção não ser descoberta. O risco é muito grande e a punição para tal acto é um acto público de humilhação.

 

Mesmo assim o nosso bloguer corajoso arrisca, apenas pelo prazer de partilhar um post fora das horas habituais de publicação. Um blogue é um compromisso com um grupo de leitores que não conhecemos, defendo que devemos ser cuidadosos com a frequência de actualização do espaço (não vamos deixar que umas quantas regras laborais nos impeçam, correcto?).

 

A banda sonora do momento é o som estonteante do fax e da fotocopiadora (aquele tipo de som que não fazemos o download no emule). Ainda não foi aceite a minha sugestão de uma pequena rádio local a animar os nossos dias.

 

O telefone toca e eu, feito homem de negócios, convido a pessoa a entrar no mundo empresarial. Demonstro-lhe que somos uns tipos porreiros, com bons produtos e serviços (que beneficiam a qualidade de vida das pessoas e permite uma melhor inserção social, pelo menos é nisso que acredito). Vendo ideias (e como bem sabemos, "ideias são à prova de balas).

 

De momento, o telefone não toca e eu olho para a vida no outro lado da janela. Carros, pessoas e ocasionais pássaros entram no meu campo de visão. Hoje o tempo tarda em passar, tenho muito para fazer mas são coisas que não dependem apenas de mim (por isso aprendo a esperar).

 

Pouco depois das 19h, conto em entrar no metro e fazer todo o percurso até casa. Aí sim, mergulhar na minha escrita (esta semana vou reduzir as saídas à noite e tentar regular o sono). Curiosamente, senti-me bem em escrever este post (não tem nada de extraordinário, mas soube bem escrevê-lo... a ver se também é bom para quem lê e comenta).

 

Nota: Criei assim um novo tipo de post a que associei a tag "empresa" (em homenagem ao "The Office").