Todo o Homem chega a uma fase da sua vida em que tem de mergulhar nas suas profundezas. Doloroso, frio, escuro, perdido.... espiral descendente.
Sabe que no processo vai morrer para posteriormente se erguer das cinzas. Este homem renascido está acordado para o início de uma nova vida.
Sinto-me assim: acabado de nascer depois de uma morte dolorosa.
Quando me espalho ao comprido pelo chão não gosto que me estendam logo a mão, prefiro ter espaço para me tentar levantar sozinho. O conhecimento da existência de mãos para me ajudar, se assim o precisar, dá-me segurança.
Sou assim com os outros. Estou lá para estender a mão, antes de o fazer dou tempo para a pessoa recuperar forças (essa pessoa sabe que estou perto). Independentemente da idade e das dificuldades da pessoa, há que aprender a usar as próprias forças.
Num jantar de família, ao referir esta ideia, tive um feedback negativo: és muito frio! Fiquei a pensar nisso...
Algumas crenças que tenho sobre ajudar outra pessoa:
- As ajudas que damos aos outros não devem retirar poder de resolução a quem ajudamos;
- Estarmos ao lado de uma pessoa para ajudarmos deve ter como objectivo recordar-lhe que ela tem recursos para resolver as suas situações ou, na ausência desses recursos, então como pode aceder a esses recursos.
- Uma ajuda só tem valor para fortalecer quem é ajudado (ou seja a pessoa deve aprender a desenrascar-se);
E vocês, o que pensam em relação a isto?
Fracotes são todos aqueles que:
- se deslocam em manada e acham que muitos gajos agredirem uma pessoa é fixe;
- ofendem as pessoas apenas para parecerem porreiros;
- dizem mal de terceiros para encher o vazio dos seus dias;
- roubam pelo simples prazer na actividade;
- se esforçam por criar mau ambiente.
(perceberam a ideia? Acrescentem mais se quiserem!)
O passado fascina-me, símbolos sem idade, arquétipos, mensagens gravadas em rochas, tesouros enterrados, entre outros elementos. No fundo, marcas do nosso percurso de contrução de uma humanidade.
Tomar contacto com estas raízes do nosso pensamento faz sentido nos meus dias, bem no meio da minha vida urbana. Como se de alguma forma trouxesse significado ao meu presente e à forma como estou a desenhar o meu futuro.
Sinto-me, mesmo que só por alguns momentos, um humano sem idade que se extende por todas as linhas temporais possíveis.
A noite disfarçou-se de Xamã e levou-me numa montanha russa de revelações. Retalhos de imagens, pessoas, frases, ideias, animais, cheiros, sensações e magia preencheram as horas que antecederam ao toque do meu despertador.
Não sei quanto tempo durou, pareceu uma vida.
O mais estranho foi a marca que deixou na minha mente acordada, como se uma parte da minha alma tivesse encontrado a solução para um problema antigo. Ou, pelo menos, uma pista.
Fiquei a olhar o mundo lá fora durante uns bons 20 minutos, aquele era o outro lado da minha janela. Recordei que no sonho existia um livro (que já não leio há uns bons anos), procurei-o na estante e peguei nele.
Como é que um sonho pode afectar tanto (ao ponto de querer alterar os meus dias)?
Ontem, antes de adormecer, percorri os cantos da casa. E fechei os olhos a pensar neles...
Decididamente tenho de reorganizar o meu quarto, afinal é o espaço onde desenvolvo as minhas ideias (mesmo em frente ao pc). Preciso de o tornar num espaço saudável, não quero algo excessivamente arrumado (isso não tem nada a ver comigo).
Quando voltei a viver nesta casa (uns seis meses atrás) pensei em transformar parte dela num espaço de trabalho, algo agradável que me motivasse a fazer coisas como freelancer. Os dias lá foram passando e os planos também. O meu trabalho actual ocupa uma boa parte do meu dia e quando chego a casa já não me apetece pegar em nada (que signifique mais trabalho).
O local a que chamo casa tem um grande significado para mim e só recentemente é que comecei a perceber isso. Custa-me a ficar distante dela por grande períodos de tempo e acho que chegou a altura de cuidar mais dela (com a sensação que o meu dia-a-dia também vai ganhar com isso).
Toca a colocar a leitura em dia, e como este blogue tem estado pouco actualizado vou reencaminhá-los para outras letras. "Art of War" e "Book of five rings" são as minhas sugestões para hoje.
"Sun Tzu said: The art of war is of vital importance
to the State.
It is a matter of life and death, a road either
to safety or to ruin. Hence it is a subject of inquiry
which can on no account be neglected."
Sun Tzu, "Art of War"
from: http://www.chinapage.com/sunzi-e.html
"Stategy is the craft of the warrior. Commanders must enact the craft, and troopers should know this Way. There is no warrior in the world today who really understands the Way of strategy.
There are various Ways. There is the Way of salvation by the law of Buddha, the Way of Confucius governing the Way of learning, the Way of healing as a doctor, as a poet teaching the Way of Waka, tea, archery, and many arts and skills. Each man practices as he feels inclined.
It is said the warrior's is the twofold Way of pen and sword, and he should have a taste for both Ways. Even if a man has no natural ability he can be a warrior by sticking assiduously to both divisions of the Way. Generally speaking, the Way of the warrior is resolute acceptance of death. Although not only warriors but priests, women, peasants and lowlier folk have been known to die readily in the cause of duty or out of shame, this is a different thing. The warrior is different in that studying the Way of strategy is based on overcoming men. By victory gained in crossing swords with individuals, or enjoining battle with large numbers, we can attain power and fame for ourselves or for our lord. This is the virtue of strategy."
Miyamoto Musashi, Book of Five Rings
from: http://samurai.com/5rings/
bem-estar(1)
blogue(24)
bushido(43)
caminha(1)
empresa(9)
férias(2)
ficção(10)
filmes(9)
humor(10)
livros(12)
mac(4)
midnight(2)
minho(3)
música(4)
podcast(2)
sapo(2)
séries(4)
vida social(54)
wii(2)
wow(8)
Blogs
Locais de Culto