Tivemos de abrir um espaço pelas brumas, cada vez é mais complicado chegarmos a Avalon. Queríamos acordar o nosso Rei ali jazido, mas sem acordar a ira da sua irmã. Ouvia com intensidade a tua respiração e o meu bater de coração, pensei que ía desmaiar com toda aquela tensão. Se feiticeira nos tivesse descoberto nunca mais veríamos o Sol da nossa terra.
Por mais de duas horas lá procurámos o nosso Rei, e com muita dor temos de admitir que talvez Artur tenha realmente morrido. O que será das gerações futuras? Que outro homem vai unir os povos?
Uma sensação de desespero cresce, vontade de baixar as armas, um soluçar de choro... depois disso a calma. E é daqui que um dia poderá brotar uma pontinha de esperança. Mas não hoje, pois a morte de Artur ainda está nos nossos corações e ele foi o mais nobre de todos os que existiram.
Entretanto, o mundo continua a girar...